3.1 Manejo da irrigação

O manejo da irrigação tem como objetivos básicos maximizar a produtividade das culturas e/ou a rentabilidade da atividade agrícola, otimizando o uso da água. Apesar disso, e aliado ao alto investimento realizado pelos agricultores, a maioria deles não dá a devida importância ao manejo da irrigação. Várias causas podem ser citadas para explicar tal atitude:

  • Custo da água: na maioria das situações, a água não tem custo nenhum ao agricultor irrigante;
  • Custo da energia elétrica: geralmente o custo da energia elétrica não é muito elevado, oscilando em torno de 10% do custo total da irrigação.
  • Falta de dados: normalmente o irrigante não dispõe de análises físico-hídricas do solo e de dados climáticos da sua área.
  • Prioridade das atividades: há preocupações maiores dos produtores, como o calendário de adubação e o ataque de pragas e insetos.
  • Consultoria especializada: a assistência técnica não fornece ao produtor opções de manejo de irrigação, por desconhecimento ou falta de interesse ou ainda por que não há demanda por parte do irrigante.

O manejo da irrigação é visto como a implementação de uma série de medidas e procedimentos com vistas a responder às questões quando irrigar e quanto irrigar.

Em um contexto mais completo, e atendendo às necessidades e dinâmicas da agricultura atual, o manejo da irrigação deve ser analisado em uma visão mais ampla, que integre outros conhecimentos e respostas, o que tem sido denominada visão integrada. Nesse sentido, as perguntas básicas de quando e quanto irrigar estão inseridas em um processo de tomada de decisão mais amplo, que contempla outros aspectos relacionados ao agronegócio.